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Blue Note - 70 Anos de Jazz - #1

Corria o ano de 1939, quando foi fundada em Nova York, pelo alemão Alfred Lion com o apoio do escritor Max Margulis aquela que viria a tornar-se uma verdadeira instituição da história da musica, a editora Blue Note, cujo objectivo era a distribuição e preservação de uma estilo de musica que começava a fazer-se sentir na vida dos americanos e que em breve chegaria a todo o mundo, para mudá-lo de uma forma que até aqui se pensaria impossível. Esta nova editora tornou-se gradualmente popular entre os artistas que tocavam nas noites dos clubes locais devido ás condições que dava aos músicos, bem como a oportunidade de participação em todas as fases da gravação, conferindo a cada registo um toque pessoal e único.


Continuando até hoje a ser uma referencia para os amantes da musica dos grandes mestres de jazz e blues, com um catálogo invejável do qual fazem parte nomes como Thelonious Monk, Bud Powell, Miles Davis, Art Blakey, Jonh Coltrane, Ornette Coleman ou Herbie Hancock, só para citar alguns, a Blue Note afirma-se como a editora mais prestigiada do mundo comemorando este ano seu 70º aniversário.


Para celebrar vou ao longo dos próximos meses mostrar algumas dos discos pertencentes à minha colecção com o carimbo Blue Note.


Art Blakey & The Jazz Messengers


Album: Moanin'
Ano: 1958
Edição: Vinil 12"

Moanin' alem de ser um dos álbuns mais importantes da carreira desde virtuoso baterista, é também um dos mais importantes da história do jazz, por ser um ícone do movimento que ficaria conhecido por hard bop, sendo também o primeiro grande sucesso de Art Blakey com os The Jazz Messengers que na altura eram constituídos por Benny Golson no Saxofone, no trompete Lee Morgan, no baixo Jymmie Merritt e no piano Bobby Timmons.

Este é um daqueles álbuns que nos "abre o ouvido", ou seja, que se revela na sua máxima força musical quanto maior é a sua duração. Lembro-me que da primeira vez que o ouvi, apesar de perceber o seu conceito sentia por vezes um certo desconforto naquelas mudanças repentinas de ritmo que pareciam não fazer muito sentido e estarem até desencontradas, mas que com o passar dos tempos não só se foram tornando extremamente harmoniosas como me deixaram a cada beat, com a certeza de que cada nota só lá estava porque tinha de estar, no sitio certo e que só fazia sentido se tocada daquela maneira, no fundo como o Jazz, imprevisível, ritmado, alegre e acima de tudo, livre...


1 comentários:

  Anónimo

11 de fevereiro de 2010 às 02:05

cade o disco meu querido?