Spiga

Ele está de volta...

Arena


João Salaviza deixou a "Arena" de Cannes em êxtase e com o Imperador a fazer sinal de aprovação.

O cinema Português está de parabéns. João Salaviza ganhou a Palma de Ouro na categoria de curta-metragem nesta edição daquele que é o maior festival de cinema do Mundo. Foi em Cannes que se viu Arena, uma curta-metragem sobre a sociedade urbana e a violência juvenil mostrada através da vida de Mauro, um jovem em prisão domiciliária e com um futuro incerto, que lhe permitiu alcançar um feito até hoje inatingível para qualquer realizador português.


Mais uma iniciativa CHILI



A CHILI têm o orgulho de receber na sua sala de exposições uma mostra de trabalhos recentes do
Atelier Mike Goes West a inaugurar dia 23 de Maio, às 17h.

Poderão encontrar trabalhos impressos em serigrafia de, Jucifer, José Feitor, Miguel Carneiro, Marco Mendes, Projecto Oporto-Oporto #14, André Lemos (cartazes para os norte-americanos Earth e os noise-rockers Lobster), Mike Diana (dos EUA) e Alberto Corradi (Itália).

A exposição estará patente até 6 de Junho.
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Éramos uma dúzia deles. Apareceu um serígrafo e cercou-nos.

A aparição do atelier Mike Goes West constitui o início de uma experiência no campo da arte gráfica em Portugal cujo alcance só poderá ser devidamente avaliado daqui a muitos anos. Para além de saber resgatar a serigrafia ao marasmo em que havia caído, o seu mentor António Miguel Coelho soube apontar com pontaria e dirigir-se àqueles que estavam disponíveis para pensar a serigrafia como muito mais do que uma simples técnica de impressão. Para muitos dos artistas gráficos (ilustradores, desenhadores, autores de BD) que passaram pelos famosos open days do atelier, a serigrafia surgiu como um admirável meio novo para se expressarem. A experiência, disponibilidade e recursos técnicos do Miguel assim o permitiam, e os resultados não se fizeram esperar. As séries Comércio Tradicional e Check Point foram o início de uma vaga de trabalhos em que a serigrafia fazia surgir novas imagens, inteiramente concebidas com a serigrafia no pensamento. Não se trata apenas de reproduzir trabalho, antes criá-lo a pensar na sua reprodução serigráfica. A experiência de trabalhar no atelier Mike Goes West é gratificante e enriquecedora. Ao artista é dada a possibilidade de experimentar, de repensar a técnica, de explorar soluções inteiramente novas. E a serigrafia é devolvida à sua verdadeira vocação: a expressão gráfica. Um exemplo disso é o Método Directo, que o Miguel resgatou à pré-história da serigrafia e que permite que a técnica se transmute em verdadeiro meio criativo, sempre que o artista intervém directamente na rede.[...]

José Feitor

Artista gráfico e editor da Imprensa Canalha

Para saber mais sobre este movimento passa pelo site do CHILI COM CARNE.

E Pam!! A montanha pariu um rato....


Depois de todo o hype criado em volta deste filme e sem fazer por isso lá acabei por ver o primeira longa-metragem da saga de Dragon Ball, de nome Dragon Ball Evolution.

Foi em amena cavaqueira e sem nada que o fizesse prever que acabei por assistir à evolução de Goku passado mais de uma década. No entanto isso depressa se revelou uma má escolha, uma vez que apesar de toda a disposição inicial com que comecei depressa perdi o entusiasmo quando minuto após minuto tudo se tornava um enorme contra-censo, com uma acção arrastada e sofrida constatando-se que esta passagem da personagem de Goku para as pessoas de carne e osso se torna completamente descabida, por vezes a roçar o ridículo levando-nos à gargalhada (não pelos melhores motivos). Ora, logo para começar parece-me uma mistura de American Pie com Scary Movie, a mostrar um Goku jovem a ser enxovalhado pelos seus pares de liceu que com os seus carros "à lá velocidade furiosa" aterrorizam este adolescente com cara de parvo e trapalhão, que têm de lutar contra si mesmo para não "explodir" de raiva e libertar a sua força inimaginável.
Na minha modesta opinião, o filme peca por falta de timming o que o torna aborrecido e sem força, como quando se tenta fazer comédia (até porque esse era um dos pontos fortes do original) acaba por se tornar ridícula de tão "animada" que tenta ser, ao contrário das vezes que se perde uma boa punch line porque se está mais preocupado com os efeitos especiais demasiado presentes.
Serei só eu ou os filmes de estreia baseados em desenhos animados, ou mesmo jogos de computador tornam-se mais eficazes quando nos introduzem-nos a personagem através de um conflito eminente, sem se preocuparem com o seu passado ou se a mesma foi criada a pão e água por um velho ancião mestre na arte da luta desarmada, deixando essa parte para uma possível sequela, ou como se diz agora, as "Origins", enfim.
Quando vejo um filme baseado numa série animada que gostei na minha adolescência, quero ver parecenças, o que neste caso não acontece, sendo o maior exemplo o de Tartaruga Genial, o mestre que dá os ensinamentos a Goku enquanto se baba em frente a Bulma, embora aqui não passe de um quarentão de camisa havaiana com aspecto de chefe de família que foi dispensado da empresa onde trabalhava com uma indemnização milionária, mesmo que a certa altura tente ser um alarve comparável ao original o que o faz ainda mais descabido de contexto.
Para o final deixo o mau da fita, Cell como o conhecia (na foto), um ser verde e mau como as cobras capaz de acabar com o Planeta só porque nessa manhã acordou ao som do Nuno Guerreiro a cantar na rádio (não o censuro!, porque eu também fico com vontade de aniquilar toda a raça humana e não tenho super-poderes), que nesta versão não é nada mais nada menos do que uma espécie de Spok/Monge Shaolin verde com uma voz de trovão que quando aparece deixa tudo negro e envolto em trevas, o que para quem conhece o original se torna no mínimo bizarro.
E assim me despeço com o pedido de que se encontrarem as bolas do dragão peçam para que a sequela seja um pouco melhor, ou então não...

OFFF 2009


Terminou hoje a segunda edição do festival OFFF que decorreu nos ultimos très dias em Oeiras, nesta que é a segunda edição em território nacional.
O festival OFFF é original da cidade espanhola de Barcelona mas que se tem afirmado como um dos melhores e mais modernos festivais da Europa para quem gosta de novas tecnologias inetgradas em àreas como a musica, o design, a multimédia ou animação digital e que segundo a organização tem como primeiro objectivo a criatividade dos artistas e não a imagem exterior.

Apesar da edição deste ano já ter acabado, podem ver algumas informações e obras aqui.

Os Contemporâneos

Depois de no domingo passado não ter conseguido estar em frente ao televisor para assistir em primeira mão, ontem lá arranjei um bocadinho de tempo, e enquanto “o diabo esfrega um olho” (como gosto desta expressão, qual será o olho que ele esfrega quando o Nuno Guerreiro canta??), vi o primeiro episódio da nova série d'os Contemporâneos.
Fiquei extremamente agradado com o retorno desta malta depois de um hiato merecido, que após duas séries ao mais alto nível voltam a fazer-nos rir nas noites de domingo da rtp.
Nesta nova enterprise, nota-se que continuam atentos e incisivos ao que se passa com o zé povinho, com a qualidade de quem sabe o que está a fazer.
Podendo-se pegar em vários dos sketches como exemplo disso, destaco “A vida badalhoca de Salazar” com particular importância, pela sua capacidade criativa e de oportunidade, numa altura em que se tenta romantizar uma personagem austera e fria que só nos deixava fazer alguma coisa quando não sabia, ou então quando esfregava um olho....

Ora vejam...