Spiga

Chinese Democracy

Ao ouvir este álbum só posso concluir uma coisa, que fazer um álbum depois de 14 anos é diferente de fazer um álbum durante 14 anos, e foi no segundo que Axl Rose se deixou cair, arrastando durante tanto tempo uma obra que realmente era inovadora, cerebral e complexa, mas que se tornou demasiado datada.

Lembro-me que da primeira vez que os ouvi fiquei siderado com aqueles riffs saídos de uma guitarra que "cantava" ao lado de uma voz esganiçada, ao ser dedilhada por um dos mais virtuosos guitarristas contemporâneos, lembro-me de ver vezes sem conta o vídeo de sweet child o´ mine, de ter as minhas preciosas cassetes com os Ilusion guardadas a sete chaves, e que foi Appetite for Destruction, o primeiro cd que comprei e que até hoje é daqueles que sei onde está, portanto sinto-me bastante a vontade para comentar um álbum que chega 14 anos depois da sua data anunciada.

Tenho o álbum desde que saiu, fiz a pré-ordem e esperei para ouvir o que realmente Axl teria para dizer, mas adiei até agora fazer uma critica, pois aquilo que penso ser uma obra que não é definitivamente fora do som emanado pela banda Californiana nas décadas de 80 e 90, sem nenhuma duvida que se sente som á Guns, pois desde logo em Chinese Democracy, se sente um som moderno e com garra, mas que infelizmente se vai desvanecendo ao longo de toda a obra, levando-nos vezes demais a pensar: ”eu já ouvi isto, há é....”, o que poderia ter sido evitado se o ego não fosse tão grande para acabar com as picardias e zangas que só as estrelas de rock sabem tão bem fazer.

Resumindo, fiquei agradado com a saída finalmente de uma álbum prometido à mais de uma década, que não desilude e que mostra a evolução de uma banda que muitos querem à força enterrar.

Mas lixa-me, saber que esta obra poderia ter sido um marco na carreira de uma banda e no som de uma época, bastando para isso ter sido lançado na altura certa.

Porra pá....

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